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Affichage des articles du décembre, 2010

Moi

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Calorosos toques sem dó no escuro, de madrugada, é só assim que eu posso olhar para a sua cara e balbuciar o quanto você me faz mal. Dói, de repente mas só a derme, latente, você nem existe mesmo, com essas suas ideologias furadas ... parece até eu. Esse seu sorriso de idiota, de quem não saber dizer não. Você tem um bom cheiro, e sua alma exala incenso de alecrim. Na verdade é quase uma mistura, você cheira a livros antigos, vinis mofados, incenso de alecrim, cigarro e cerveja barata - e é por isso que eu sempre me afogo no seu pescoço - para ver se absorvo esse cheiro essa angústia, essa essência, esse som. E quem pode dizer que não? Eu te inventei assim, uma mistura de cheiros, com um sorriso de idiota, sem saber dizer não. Em síntese, eu.